A subida do preço das casas abrandou em 2023 e Bruxelas admite que há o risco de uma “futura correção mais acentuada” .
Depois de uma forte subida dos preços das casas registada ao longo do ano passado, 2023 trouxe um crescimento mais moderado dos preços em vários países da União Europeia (UE), com alguns Estados-membros a apresentar mesmo quedas no custo da habitação. Isto deveu-se, sobretudo, ao aumento dos juros nos créditos habitação e a menor capacidade de endividamento das famílias.
Mas em muitos países os mercados imobiliários continuam sobrevalorizados, como é o caso de Portugal, alerta a Comissão Europeia (CE). E aqui Bruxelas admite mesmo que há o risco de uma “futura correção mais acentuada” nos preços das casas, se as condições económicas se deteriorarem.
Apesar da pandemia, a maioria dos 27 países da UE sentiu um “forte crescimento dos preços das casas”, mesmo nos mercados que já estavam sobrevalorizados, isto é, onde o crescimento do preço da habitação já excedia – e muito – a evolução dos rendimentos familiares.
Mas no final do ano passado, a subida dos preços das casas começou a abrandar, à medida que as taxas de juros nos créditos habitação aumentaram e a inflação começou a pressionar mais o rendimento disponível das famílias. E esta tendência de moderação na subida do custo da habitação continuou ao longo de 2023, com mais países da UE a apresentar descidas nos preços, começa por explicar Bruxelas.
Embora admita que “a sobrevalorização do preço da habitação começou a diminuir em muitos países” ao longo de 2023, Bruxelas alerta que até agora estas reduções são “limitadas”, havendo mesmo mercados imobiliários que continuam sobrevalorizados, como é o caso de Portugal, lê-se no relatório de alerta para desequilíbrios macroeconómicos no espaço europeu referente a 2024.
“Os preços da habitação estão sobrevalorizados e continuam a aumentar na Bulgária, Espanha, Letónia, Portugal e Eslovénia. Nestes países, a evolução dos preços da habitação pode ser vista como um fator de risco para uma futura correção mais acentuada, caso as condições económicas se deteriorem, estando os preços da habitação a serem fortemente sobrevalorizados em Portugal”, refere ainda o documento.
Em concreto, a CE presidida por Ursula von der Leyen estima que os preços das casas no nosso país vão crescer 3,2% este ano, abrandando para 3% em 2024.
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Fonte: Idealista
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