Os juros no crédito habitação em Portugal voltaram a cair pelo quinto mês consecutivo, tendo-se fixado em 4,513% em junho. Esta é uma boa notícia para quem está a pagar prestações da casa ao banco. Também quem resolveu pedir um empréstimo habitação entre abril e junho contou com uma taxa de juro mais baixa, de 3,729%, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira divulgados. As recentes descidas da Euribor podem ajudar a explicar esta trajetória descendente dos juros em Portugal.
“A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação diminuiu pelo quinto mês consecutivo, para 4,513% em junho."
Traduzindo uma descida de 4,3 pontos base (p.b.) face a maio (4,556%), começa por explicar o INE no boletim publicado esta sexta-feira, dia 19 de julho. Contas feitas, os juros no crédito habitação acumularam uma redução de 14,4 p.b. desde o máximo atingido em janeiro de 2024 (4,657%).
Para o destino de financiamento aquisição de habitação, “o mais relevante no conjunto do crédito habitação”, a taxa de juro para o total dos contratos desceu pelo quinto mês, para 4,474% (-4,4 p.b. face a maio).
Tendo em conta a totalidade dos contratos de crédito habitação existentes em Portugal, o valor médio da prestação da casa fixou-se em 404 euros em junho, o mesmo montante do mês anterior. É assim que se desagrega a prestação da casa em junho:
Amortização de capital: corresponde a 159 euros da prestação (39%);
Pagamento de juros: diz respeito a 245 euros (61% do total).
De notar que a prestação da casa apurada em junho ainda é 11,9% superior face à registada há um ano (paga-se mais 43 euros, em média). Nessa altura, a componente de juros representava 53% do valor médio da prestação (361 euros).
Por outro lado, "o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 355 euros em junho de 2024 face ao mês anterior, fixando-se em 66.279 euros”, lê-se no boletim.
Novos créditos habitação têm juros ainda mais baixos
As recentes descidas da Euribor e a tendência de contratar créditos habitação a taxas mistas mais baratas tem contribuído para reduzir os juros nos novos créditos habitação de forma mais expressiva.
Talvez por isso é que “nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pelo oitavo mês, passando de 3,845% em maio para 3,729% em junho”, destaca o INE. Os juros nos novos créditos da casa tiveram uma diminuição acumulada de 65,1 p.b. desde o máximo atingido em outubro de 2023.
Também nos que diz respeito ao destino de financiamento de aquisição de habitação,os juros nos contratos mais recentes estão a cair há oito meses seguidos, tendo-se fixado em 3,706% em junho (menos 12,0 p.b. face ao mês anterior).
Estas quedas dos juros têm-se refletido nas prestações da casa. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 6 euros face ao mês anterior, para 597 euros em junho, o que corresponde a uma descida de 2,0% face ao mesmo mês do ano anterior.
Ainda assim, nos contratos celebrados entre abril e junho, o montante médio em dívida foi 125.942 euros, mais 1.426 euros do que em maio.
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Fonte: Idealista
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